De seu nome completo Augusto César Ferreira Gil, nasceu em Lordelo do Ouro, no Porto, em 31 de Julho de 1873. Na Universidade de Coimbra fez o curso de advocacia. Mas viveu a maior parte da sua vida na Guarda, onde viria a falecer em 26 de Fevereiro de 1929. Foi grande poeta, escreveu vários poemas que se tornaram bastante populares, como este que a seguir transcrevo:
**BALADA DA NEVE**
Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim...
*
É talvez a ventania;
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...
*
Quem bate assim levemente
Com tão estranha leveza
Que mal se ouve, mal se sente?...
Não é chuva, nem é gente,
Nem é vento com certeza.
*
Fui ver. A neve caía
Do azul cinzento do céu,
Branca e leve, branca e fria...
-Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
*
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente, e quando passa,
Os passos imprime e traça
Na brancura do caminho...
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5 comentários:
Maga esta é uma poesia lindissima,que sempre nos habituámos a ouvir.
obrigado por este momento
um beijinho
Anabela, eu é que tenho de lhe dizer um muito obrigada pela sua visita e pelo comentário tão simpático.
Volte sempre, ficarei radiante!
Uma beijoca
Que linda poesia, de Augusto Gil, Uma forma delicada de dizer, e se fazer notar a mudança de estação.Fui ver, a neve caia...
Muito lindo mesmo, bjs
Querida Amiga MAGA, tens um mimo te esperando em meu blog Mimos Mizinha para ti. Espero que goste? bjs e Um lindo dia.
Obrigada Mizinha, tanto pelo comentário tão simpático, como pelo presentinho do mimo, que vou já buscar!
Um beijão
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