O dia estava fugindo para a noite. A noite, ainda sem querer aparecer, já se fazia sentir para lá das copas das árvores, que oscilando mansamente, não fora o barulho do motor do carro, certamente nos murmurariam mensagens de amor...
Havia á nossa volta uma sinfonia de luz, de cores fortes, potentes, gritando com fervor um hino lindo, um hino á Natureza, um hino ao Amor, um hino aos Homens de boa vontade...
Com o carro em andamento, baixei o vidro da janela e tentei captar, as cores? a luz? o som divino da Natureza no seu auge? Tudo isso eu quis guardar, mas a máquina, porque é isso mesmo, máquina (e porque a fotógrafa não tem nem arte nem engenho para tal), o que consegui foram estas fotos que aqui vos deixo...
Entretanto... o dia escondeu-se na noite, levou consigo o sol escaldante, as cores, a beleza do pôr- do-Sol... A noite, essa, surgiu majestosa envolta em seu manto negro salpicado de estrelas, tendo como ornamento principal a lua em seu quarto crescente...
E o carro, levado pela mão e pela vontade do meu homem, continuou rodando suavemente, enfiando-se na noite, abraçado pelo manto de estrelas, protegido pela lua, em seu quarto crescente...