Estou sozinha (pobrezita), a banhos (como se dizia antigamente) nas Termas de S.Pedro do Sul. Lá vou eu todos os dias aos tratamentos... dão-me banho de cócegas... põem-me no duche... com mais cócegas e como acham pouco ainda me põem numa maca a suar...
que neste local é largo, meio esverdeado, mas com recantos lindos, dá-nos uma bela sensação de frescura nestes dias quentes de Agosto. É bom passear nas suas margens, sentar aqui e ali deixando os olhos esquecidos do livro que as mãos seguram.
O hotel onde estou é nada menos que esta casinha linda, num sítio central, o largo principal, mesmo em frente do balneário. Da janela do meu quarto, que é sobranceiro ao rio, posso ver o passeio pachorrento de grandes peixes vermelhos, que acho eu, vieram até ás termas para ver se se livram do reumático.
E como o espírito também faz parte de todos nós, não podia faltar uma simpática capelinha, que não fala a idade... É de S.Martinho e no seu interior, pequeno, acolhedor, em que a paz impera, há dezenas de bilhetinhos com pedidos de gente crente e aflita e com agradecimentos, que o povo não esquece o bem que recebe e no agradecimento vai a alma de quem pediu e foi atendido... e o agradecimento é o pagamento do pobre...